Mulher feita refém em Guaianases já havia denunciado ex-namorado à polícia
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011A cabeleireira de 41 anos que foi mantida refém por cerca de cinco horas pelo ex-namorado, um vigilante, na manhã desta quinta-feira (8), no guia de Guaianases, Zona Leste de SP, já havia registrado um boletim de ocorrência contra ele no dia 4 de novembro deste ano. No boletim, ela relatou que o vigilante a xingou e a ameaçou em via pública por estar inconformado com o fim do relacionamento.
Segundo o delegado Marcel Druziani, coordenador da central de flagrantes da 7ª Delegacia Seccional de São Paulo, o vigilante mandava mensagens de texto e fazia ligações para a cabeleireira dizendo que a amava e que queria reatar o namoro. “Ele sentiu muito o fim do relacionamento, e ainda mais quando ela começou a namorar outra pessoa”, afirmou.
De acordo com Druziani, foi a partir do conhecimento do novo namoro que as ameaças começaram. “Ele passou a xingar e ameaçar, dizendo que ia matá-la.” Segundo o boletim de ocorrência registrado em novembro, a relação entre os dois durou apenas dois meses e terminou entre agosto e setembro de 2011.
A cabeleireira foi levada ao Pronto-Socorro de São Miguel Paulista e depois encaminhada ao 63º Distrito Policial, de Vila Jacuí. Ela não quis falar com os jornalistas. O vigilante também foi levado para o 63º Distrito Policial. Ele irá responder por cárcere privado e por porte ilegal de arma.
O caso
Por volta das 8h30 desta quinta, o vigilante abordou a cabeleireira com um revólver calibre 38 enquanto ela saía de sua casa na Rua Carlo Barbosa. Assustados, vizinhos e familiares ligaram para a polícia. Ao avistar o carro da polícia, o suspeito se assustou e invadiu a casa com a ex-namorada mantida refém.
Rita de Cássia, de 41 anos, irmã do atual namorado da vítima, estava dentro da casa com o seu filho de 6 anos no momento da invasão. “Ele entrou em um quarto na casa da frente e eu fiquei na casa de trás. Ele falou que ia matar todo mundo se ela não fosse com ele”, afirmou.
Para o major Wagner Serafim de Queiroz, a negociação foi muito difícil. “Ele reclamava muito da vítima. Disse que queria matá-la e se matar.” Segundo ele, a arma deve ter sido roubada da empresa para qual o vigilante trabalhava. O suspeito não possuía passagem pela polícia.
Após liberar a vítima, o vigilante realizou um disparo acidental com o revólver, de acordo com a polícia. “Ele estava com a arma na mão andando de um lado para o outro, nervoso, quando, segundo ele, o revólver enroscou em sua calça e disparou”, afirmou o major.
Fonte: G1